Análise Eleições Presidencias no Concelho da Golegã - O lado dos jovens!

(fonte: http://www.presidenciais.mj.pt/territorio-nacional.html)

Realizaram-se no passado dia 23 de Janeiro 2011 as eleições Presidenciais. Foram umas eleições marcadas por muita polémica e protestos, no qual o povo manifestou o seu claro desagrado pelo rumo que o pais tem levado.

Passado uma semana e a euforia das eleições, o Golegã Jovem vem a público analisar os resultados no nosso concelho, por candidaturas:

Cavaco Silva. O antigo e actual Presidente da República conseguiu aquilo que se esperava no nosso concelho. Voltou a vencer à semelhança das eleições anteriores e surpreendeu por ter ganho tanto na Golegã, como na Azinhaga, onde habitualmente não conseguia ter tanto peso.

Manuel Alegre. O candidato que muitos dizem ter começado alegre e terminado triste conseguiu o segundo lugar no nosso concelho, contudo ficou muito aquém do que era pretendido para aquele que se assumia claramente com o candidato capaz de ir a uma segunda volta. De frisar que num concelho maioritariamente socialista (não fosse termos a única Câmara Municipal monocolor do pais) o candidato apoiado pelo partido socialista não convenceu o seu eleitorado, o que deixa algumas no ar algumas mudanças no eleitorado socialista.

Francisco Lopes. O candidato apoiado pelo PCP/CDU teve um bom resultado no panorama nacional, onde apesar de não ter conseguido chegar a outros eleitores, fez um bom trabalho dentro das suas hostes. Tendo conseguido, em geral, reunir a confiança dos votantes CDU e sendo inclusive já apontado por alguns como um possível sucessor a Jerónimo. Na freguesia da Golegã fez o que lhe era pedido, mas foi na Azinhaga que foi buscar a grande fatias dos seus votos.

Fernando Nobre, o independente. A candidatura da cidadania foi uma grande surpresa pela positiva, sabendo ir “roubar” votos aos eleitores da esquerda e da direita que se encontravam claramente descontentes com o rumo da politica nacional. Esta candidatura veio ao nosso concelho agarrar alguns importantes votos que em muito ajudaram para o lugar que alcançou a nível nacional. Quiçá poderá ter tido alguma ajuda do fenómeno GIGA, que poderá ter se identificado com esta candidatura(?)

Manuel Coelho, o madeirense sem papas na língua. Claramente outra das grandes surpresas destas presidenciais, o candidato madeirense soube realizar uma candidatura sem preconceitos, na qual falou sobre aquilo que muitos pensam mas não têm coragem para o dizer. Os votos que recolheu no nosso concelho, foram sem dúvida um misto de votos de descontentamento (que certamente ajudaram a diminuir a taxa de votos nulos e votos brancos) com identificação num candidato que não tem medo de dizer o que pensa. Um candidato irreverente como os jovens. Simples como o povo.

Defensor Moura, o candidato de Viana. Não deu propósito à sua candidatura e não fez mais que ir buscar um ou outro voto aqueles que não sabiam bem em quem votar. No nosso concelho, como em todo o pais, este candidato não justificou a razão da sua candidatura.


Após análise individual das candidaturas saltam-nos à vista três pontos de trivial importância durante estas eleições:

Ponto 1) Apesar de já se esperar que Cavaco Silva fosse o candidato vitorioso no nosso pais e no nosso concelho, não deixou de ser curioso verificar que o candidato apoiado pela direita conseguisse ganhar tanto na Golegã (onde se esperava maior peso dos socialistas alegres) como na Azinhaga (onde se esperava uma vitória de Francisco Lopes). Afinal estamos num concelho de esquerda ou de direita? Esclareçam-nos sff.

Ponto 2) De vangloriar as candidaturas independentes de Fernando Nobre e Manuel Coelho. Candidatos que surpreenderam um pouco por todo o pais, e que tanto na Golegã como na Azinhaga, arrecadaram a maior parte dos seus votos junto de nós jovens. Estes foram os candidatos que deram voz aos jovens do concelho da Golegã nas Presidenciais 2011. E se alguém tiver dúvidas disso, analise os resultados e verifique em que mesas estes candidatos tiveram mais votos! Os resultados estão à vista.

Ponto 3) Registou-se nestas “votações” uma elevadíssima e muito preocupante taxa de abstenção (53,4%). A nossa juventude, em geral, continua a demonstrar uma despreocupação para com o nosso direito e o nosso dever de voto. Irresponsabilidade? Indiferença? Ou simplesmente o facto de nunca termos sido privados da nossa liberdade,... o que é certo é que foi nas mesas mais jovens que se registou maior taxa de abstenção e que não deixa de ser muito preocupante. Infelizmente continuamos a preferir ficarmos indiferentes, e dizer que são todos um bando de charlatões, do que arregaçar mangas e fazer algo para mudar.


Digam o que disserem, nós por cá votamos. É por isso que aqui neste espaço “falamos à boca cheia”! Aqui criticamos e somos criticados! Porque só podemos exigir os nossos direitos se cumprirmos para com os nossos deveres. Pensem nisso.